domingo, novembro 04, 2007

Sobre a legalização das drogas

Isto tem andado um bocado morto, por isso resolvi meter a minha colherada e gerar discussão.

Sobre a legalização do uso e comércio de drogas

As drogas ilegais são extremamente prejudiciais, não só para os toxicodependentes mas para toda a sociedade. O tráfego enriquece pessoas sem escrúpulos e o consumo causa diversos problemas de saúde que, em muitas situações, levam à morte. Doenças como o HIV e a Hepatite proliferam entre os toxicodependentes, alimentando os preconceitos de que são alvo, e criando um problema de saúde público que afecta todo o tecido social. Estamos rodeados por um submundo em que a droga é a figura central, e que é preenchido por indivíduos de todas as classes, alguns destes desesperados por uma dose e capazes de tudo para a conseguir. Directa ou indirectamente, todos somos afectados.

Então porquê a legalização? Há uma necessidade clara de mudar o modelo actual numa tentativa de acabar, ou pelo menos mitigar, alguns dos problemas criados pela droga. Ao mesmo tempo, é importante também a libertação de recursos para a promoção de novas soluções. A guerra contra a droga, da forma que tem vindo a ser travada, é uma guerra perdida! Estou certo de que nenhuma pessoa minimamente informada sobre o assunto acredita que é possível eliminar as drogas da sociedade através de mais leis, mais proibições, mais castigos.

É actualmente muito fácil ter acesso a drogas ilegais. Vou repetir este ponto, pois é absolutamente fundamental que seja assimilado: é muito fácil, para qualquer pessoa, de qualquer idade e escalão social, comprar droga. Para determinados grupos nem é preciso andar à procura. Ela vem ter connosco! É vulgar perguntarem-me se desejo comprar droga. Na rua, em festas, em parques, em quartos de banho. A esmagadora maioria dos jovens poderá corroborar a verosimilhança desta afirmação.

Este factor é muito importante, pois o principal argumento contra a legalização das drogas é a liberalização do acesso. Ora, a verdade é que seria difícil conseguir um acesso mais liberal do que o que existe agora. O comércio de narcóticos é um negócio com elevados riscos, mas tem também elevadíssimos benefícios - faz-se muito dinheiro, muito rapidamente e com grande facilidade. Por cada traficante preso surgem dois para tomar o seu lugar, e cada um faz o que pode para criar novos clientes e fomentar o uso de drogas, de preferência entre as camadas mais novas. Legalizando o comércio de estupefacientes em estabelecimentos autorizados esse problema desapareceria. Criando pontos de venda legais, a preços inferiores, terminar-se-ia com um negócio ilícito extremamente proveitoso, remetendo ao esquecimento a figura do traficante.

Esta nova aproximação traria variados benefícios, sendo um deles a libertação de recursos. A guerra contra a droga custa muito dinheiro, por vias directas e indirectas, e legalizando este comércio esses recursos ficariam disponíveis para outro uso. Os fundos poupados poderiam ser realocados para um combate ao consumo, substituindo o combate ao tráfego.

Os recursos humanos libertados poderiam ser usados para aumentar a presença policial nas ruas e nas escolas; para fazer diminuir o crime provocado pela dependência e obrigar ao cumprimento das regras estabelecidas para o consumo; e para aconselhar, desintoxicar, e reinserir as pessoas que desejassem abandonar o seu vício. Pelo simples acto de comprar uma dose, o toxicodependente poderia ser informado das consequências do seu hábito e dos serviços que lhe seriam disponibilizados se desejasse abandoná-lo. O traficante, que apenas desejava manter a dependência dos seus clientes, seria substituído por profissionais interessados em ajudar o consumidor a libertar-se de um hábito incompatível com uma vida saudável. Seria também mais simples controlar a saúde pública, através de trocas de seringas e exames médicos.

Aos recursos libertados com a legalização seria ainda acrescentado um novo - impostos! Da mesma maneira que as receitas dos impostos sobre o tabaco permitem financiar campanhas anti-tabagistas, as receitas dos impostos sobre as drogas deveriam ser usadas para enormes campanhas de sensibilização, a todos os níveis da sociedade. Os fundos extra não seriam a única vantagem que estas campanhas teriam sobre as actuais. Os pontos de venda e, consequentemente, os compradores, estariam mais próximos do resto da sociedade o que permitiria estudos mais profundos e campanhas mais direccionadas. Os principais alvos destas campanhas seriam, no entanto, os mesmos de sempre. Continuaria premente a necessidade de entrar nas salas de aula, nos meios de comunicação e nos locais de lazer, para educar as gerações mais novas sobre os malefícios da droga e as consequências da toxicodependência.

A educação é essencial, especialmente quando orientada a jovens e adolescentes, um dos grupos de maior risco. Seduzidos por promessas de novas sensações, por uma temporária via de escape num mundo cheio de pressões, acabam por sacrificar parte, ou a totalidade, do seu futuro. Dependência; ausência de objectivos e vontade de viver; delinquência e rejeições familiares; doenças e overdoses.

Mas e a legalização do tráfego e consumo de drogas não provocaria, devido a pressões de grupo e ao acesso facilitado, um aumento na quantidade de jovens toxicodependentes?

A resposta a esta questão é talvez a mais importante consequência desta nova abordagem. Desde que correctamente implementada, a legalização do tráfego e consumo de drogas poderia levar a um acentuado declínio no uso de drogas por menores de idade. Em determinados países, nomeadamente nos E.U.A., o acesso de menores de idade a álcool é extremamente controlado. Este controlo, e as elevadas punições para quem o desrespeitar, fazem com que em determinados locais seja mais fácil para um jovem ter acesso a drogas do que a uma cerveja.

Como foi referido anteriormente, os elevados riscos do tráfego de droga são compensados pelos elevados benefícios. Ao manter os riscos e penalidades, mas diminuindo drasticamente os benefícios, este negócio torna-se, subitamente, menos compensatório. Daí a dificuldade de acesso à cerveja, um bem de consumo barato e facilmente acessível a maiores de idade. Os riscos e penalidades em facilitar o acesso de álcool a menores são elevados, e os benefícios baixos. É um modelo de negócio que não atrai ninguém. Comercializar droga, por outro lado, tem riscos altos, mas benefícios ainda maiores, independentemente da idade do consumidor. É mais fácil criar consumidores entre os mais jovens, e estes têm potencial para ser clientes durante mais tempo. Ao estabelecer um controlo elevado sobre os pontos legais de venda criar-se-iam condições para restringir o acesso dos menores à droga de uma forma que hoje em dia não é possível.

Para além das vantagens já referidas existe outra com valor potencialmente elevado. Em 1921, Albert Einstein escreveu que “O prestígio do governo dos E.U.A foi sem dúvida consideravelmente diminuído pela lei seca. Nada é mais destrutivo para o respeito pelo governo e pelas leis do que criar legislação sem a fazer cumprir. Não é segredo para ninguém que o perigoso aumento do crime organizado neste país está intimamente relacionado com isto.” O fim do tráfego ilegal de drogas seria uma grande perda para o crime organizado. Um enorme fluxo de dinheiro deixaria de correr para as contas bancárias de um pequeno número de indivíduos, tirando-lhes poder e influência.

A legalização do tráfego e consumo de estupefacientes, em estabelecimentos adequados e com restrições de acesso bem definidas, permitiria a criação de uma sociedade mais saudável e segura. Terminando com a criminalidade associada ao tráfego e diminuindo a que é provocada pelo consumo teríamos ruas mais seguras, políticos menos corruptos e menos droga a circular em escolas e outros locais públicos. Vamos mudar Portugal…

Fonte: http://mudar-portugal.blogspot.com/

Opiniões?

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Acho que é uma questão pertinente que deveria voltar à baila, talvez quando acabarem os campeonatos e acharem todas as criançinhas desaparecidas os media e a sociedade em geral pressione o governo para este assunto.
Acho que sim algo tem de ser feito pois como se refere o modelo actual não está a funcionar, mas não sei até que ponto algum governo seria corajoso de levar avante uma decisão deste calibre sem consulta pública e nesse caso acho díficil a aceitação da liberalização das drogas...mas enfim também fui positivamente surpreendida pela liberalização do aborto...

terça-feira, novembro 06, 2007  

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sexta-feira, dezembro 01, 2006

O João Morreu

Quando o despertador tocou já estava morto! Aconteceu pela manhã. Nunca esperou ir desta forma e muito menos nesta altura do ano. No Natal, quanto muito morre-se na estrada, a contrariar os números a uma qualquer operação da GNR, não numa cama na mesma posição de quem apanha banhos de sol nas Caraíbas, com o senão do tecto não prover melhor vista que as beldades que por lá se passeiam.
Não se lembra de ter tirado nenhuma senha para outra vida! Não fez nenhum teste nem se candidatou a nada parecido! Terão acabado os voluntários e agora têm que vir buscar candidatos à força?
Não gostou e interroga-se se isto da morte não terá livro de reclamações?
Outra dúvida. Quem decide estas coisas não deveria estar de férias ou a adorar o menino nas palhas deitado e a agradecer os presentes do Sr. de barba branca que não percebe que se a pintasse de preto ficaria com menos 30 anos?
Sempre achou que quando chegasse a sua hora, teria tempo de se despedir dos amigos, da família. Nunca pensou que a morte lhe entrasse pela casa, sem pedir licença e lhe levasse a vida sem tão pouco mostrar um mandato de captura.
Tivesse direito a julgamento, e provaria que a coisa foi feita com base numa acção ilegal.
Segunda dúvida. Um morto tem direito a advogado?
Que teria a vida dele feito de tão grave para que a levassem! Nem ele sabe e esteve com ela desde sempre. Fora daquela vez que caiu nos escuteiros e ficou inconsciente, mas até isso foi tão célere que não lhe deu tempo para nada!
Se acontecesse o mês passado até que nem se importava. Não tinha nenhum plano em especial, mas agora uma morte não vinha nada a calhar. Já pagou a viagem de fim de ano. Gastou uma data de dinheiro nas prendas e assim nunca saberá se lhe iam oferecer o DVD portátil.
Até já encheu o depósito para ir passar o natal à Terra, ao preço que está a Gasolina, até isso arrelia um morto!
Já para não falar de toda a comida que se ia desperdiçar! Se calhar não, nos funerais aparece sempre gente para comer. É a parte em que se aproveita para elogiar o defunto e onde há sempre alguém a dizer uma data de frases feitas sobre a vida e o que ela nos reserva.
- Pois é! Nunca sabemos para o que estamos guardados!
- Nesta vida, não valemos nada!
Se se lembrar, proíbe este tipo de exclamações no seu funeral!
Pode uma pessoa estar morta, sem se lembrar de ter morrido? Não deveria haver uma relação, causa efeito?
Isso levar-nos-ia para outra ainda maior. Não existindo, pode um morto ter uma dúvida existencial?
Ainda anteontem no elevador, pensou assediar a vizinha do quinto esquerdo depois de ela o ter olhado de soslaio. No momento achou que a seu tempo teria oportunidades para adultérios e crises de meia-idade, afinal não!
Que estranho prazer tem quem programa a morte, em levar um indivíduo arrependido de não ter assediado uma vizinha do quinto esquerdo que até o olhou de soslaio?
Custava muito avisar? Não precisava ser uma super produção com uma luz forte e uma voz em sistema
«Surround» ao nível dos milagres de Fátima! Podia ser uma coisa menor, de baixo orçamento. Há-de haver planos para coisas dessas. Tem que haver! Uma coisa simples. Só uma voz gritando no fundo da alma.
- Come-a! Come-a hoje ou nunca mais terás oportunidade!
Mas tinha que ser uma coisa credível, para um indivíduo não pensar que a voz vinha «lá de baixo», do mesmo sítio de sempre!
Ao invés ali estava ele, aos trinta e cinco anos, morto. Sem nunca ter feito um filho, pelo menos que alguém proferisse, ou plantado uma árvore. Com o depósito do carro cheio, sem ser avisado que ia morrer a três dias do Natal. Com a dúvida se terão acabado os voluntários e agora têm que vir buscar candidatos à força. Se esta coisa da morte não terá livro de reclamações. Se quem decide estas coisas não vai de ferias. Se um morto terá direito a um advogado. Se pode uma pessoa estar morta, sem se lembrar de ter morrido. Se não existindo, pode um morto ter uma dúvida existencial, e com a compunção de nunca ter comido a vizinha do quinto esquerdo!
Talvez não valha a pena entrar em pânico, até porque ninguém sabe qual seria a cara de um morto em pânico.
O ideal é disfarçar com um sorriso. Não! Também não! Já está demasiado amarelo para um sorriso insuspeito.
- João, já acordaste?
É a mulher, a Ana. Ainda não vos tinha dito que o João tem uma mulher?! Pois tem, aquela com quem casou.
Até que a morte os separe! Recorda as palavras do Padre como se fosse hoje. Será que ele sabia de alguma coisa e nunca lhe disse nada?
Também nunca mais lá voltou, se o Padre soubesse, como é que lhe ia dizer?
Podia enviar um e-mail! Será que os Padres têm e-mail?
Que pensamentos estranhos aparecem com a morte: O arrependimento de não ter comido a vizinha do quinto esquerdo e se os Padres têm e-mail!
Nunca mais lá foi mas agora vai, a não ser que consiga disfarçar muito bem. Mas como é que se disfarça uma morte? Fazendo a barba? Ninguém acorda com a barba feita e a cheirar a after-shave.
Fechando os olhos? Assim pensavam que estava a dormir! Boa ideia! Mas teria de acordar. Raios!
Há políticos que fazem isto tão bem!
E o rádio de cabeceira que não se cala. O trânsito, o tempo. Para que quer um morto saber disso?
O trânsito para o Além interessa-o. Muito ou pouco congestionado? A menos que tenha havido um terramoto algures, é capaz de ser uma viagem calma!
Como é que se viaja para o além? Há setas e tabuletas a indicar? Não lhe deveriam ter já enviado o bilhete? Passe Social? Cartão de embarque com hora e data da partida? Qualquer coisa!
Os tempos de liceu, os bailes de finalistas, os cigarros às escondidas, as loucuras de uma vida, vem tudo à cabeça.
E talvez já tenha mesmo chegado a sua hora. Mesmo que diga que não, capaz de não alterar grande coisa!
Para quê fugir à realidade, afinal o seu maior medo era morrer e isso já está, sem dor, sem sofrimento. Foi tão ténue que até tentou levantar-se e só depois é que percebeu que já estava morto!
Tudo bem, desde que não houvesse autópsia ou doação de órgãos. O João sempre foi contra isso, tinha por convicção que o único órgão que se deve doar é o órgão sexual, mas é em vida.
Agora resta esperar que dêem conta! A Ana ainda está na cozinha a preparar o pequeno-almoço, sem saber de nada. Se soubesse não se daria ao trabalho e sempre se poupavam duas chávenas de café.
Será que alguém é capaz de beber café depois de descobrir que o marido morreu? Mais uma dúvida para juntar à dos Padres terem ou não e-mail, dos mortos terem os não direito a um advogado, de saber se quem decide estas coisas não deveria estar de férias, se pode uma pessoa estar morta, sem se lembrar de ter morrido? Se pode um morto ter uma dúvida existencial, de ter o DVD portátil como prenda este Natal e à eterna dúvida se seria ou não, a vizinha do quinto esquerdo boa na cama?
«Sempre se poupavam duas chávenas de café», depois de morto é que lhe deu para ser poupado! Vê-se mesmo que não sabe quanto é que custa um funeral. E ele com certeza não vai querer um qualquer. E quantas chávenas de café os seus amigos vão beber? E os inimigos? E os outros que nem o conheciam mas também bebem? Sim que isto de funerais é como os casamentos, no fim há sempre comida e tem a vantagem de não ser preciso convite nem prenda.
A Ana que nunca mais vem, a morte é um tédio, só deu conta que morreu à meia hora e já está farto.
Será que uma pessoa já morta, pode morrer de tédio?
Mais uma dúvida para juntar às outras que já o amofinavam.
Ah! Cá está ela, entrou de rompante em direcção ao quarto de banho, enquanto perguntava:
- Então! Não te levantas?
Saiu vinte minutos depois já pronta e com mais pressa que um Funcionário Público quando chegam as cinco horas.
Pegou na mala de viagem que puxava por uma trela como quem puxa um caniche que não quer voltar a casa depois de ter ido fazer as necessidades no passeio.
Antes de sair do quarto, olhou para o João como quem olha para uma criança que não quer acordar. Voltou atrás e escreveu um bilhete que colocou na mesa-de-cabeceira ao mesmo tempo que desligava o rádio, deu-lhe um beijo na testa, achou-o frio, puxou as mantas para o aquecer e saiu.
Deixou escritas as coisas que ele teria de levar para a Terra na véspera de natal. Ela seguia à frente porque ainda tinha que passar no Porto para promover o seu novo livro. A Ana é Professora e escreve muito sobre delinquência juvenil, uma espécie de Daniel Sampaio versão feminina.
O João sabia que ela ia mas esperava que desse conta antes de sair. Se em vez de um beijo, tivessem as esposas o hábito de tirar a pulsação aos maridos antes de sair de casa e não teríamos agora este silêncio mórbido!
O que é que um morto faz numa altura destas. Capaz de não haver grande vicissitude.
Adoraria poder deixar mensagens em todos os atendedores de chamadas de todos os amigos e a um ou outro desconhecido.
- Olá, fala o João. Só para dizer que estou morto. Feliz Natal!
Resolveu não rezar. Não por ser agnóstico, mas por achar que não iria alterar nada no seu estado. Rezar por um morto não é o mesmo que comprar um árbitro depois do jogo ter findado?
Raios! Já o irritavam estas dúvidas póstumas.
Só deram com o corpo três dias depois por causa do cheiro, a Ana teve de vir da Terra e não se comemorou o Natal esse ano. Os amigos apareceram, os conhecidos também e nesse dia ninguém falou mal do defunto, foi um funeral bonito, o João gostou! Pudera, estava lá a vizinha do quinto esquerdo!

(fonte: http://www.niltoncomedy.com)

(Texto Publicado no Livro "Outros Belos Contos de Natal" editado em 2004 pela Editora Edirraia. Livro onde além do Nilton, participaram nomes como Nuno Markl, Manuel João Vieira, Luísa Costa Gomes, Rui Zink, Carlos Tê, João Pereira Coutinho, Moita Flores, Bruno Nogueira, Miguel Neto)

Comentário: Eu sei que o objectivo de um blog n é propriamente fazer copy-paste de um texto... poderia simplesmente postado o link ou mandado email. No entanto achei que o texto merecia mais do que isso pois, para além da (boa) comédia lembra-nos que a morte pode vir em qualquer altura... o que por sua vez leva pensar na vida...
Não vos vou massacrar mais, pois o texto, para quem teve coragem de ler todo, já foi bastante grande...
cya

Blogger apple_orange_banana suspirou...

adorei obrigada pela partilha

domingo, dezembro 03, 2006  
Blogger Inconformada suspirou...

FODA-SE! Pensava que um João tinha morrido caraças!!! Cuidado como se começam os posts... :(((((((((

terça-feira, dezembro 05, 2006  

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domingo, novembro 19, 2006

Novo Blog

Como me ando a sentir um bocado abandonada neste blog decidi criar um apenas meu!
Ganhei coragem e voei :) Não quero com isto dizer que queira deixar de "contribuir" mas quis fazer outro género de blog.
Aos interessados...
http://os360graus.blogspot.com/

jinhos mil

Blogger Inconformada suspirou...

Toca a visitar, está muito giro ;)

segunda-feira, novembro 20, 2006  

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domingo, novembro 05, 2006

O principezinho

Não gosto de classificar como "a minha música/filme/livro favorito(a)" mas este livro sem dúvida estará sempre na lista dos meus favoritos.
Hoje foi uma bela tarde de domingo no jardim a ler ao sol (e talvez por isso esta dor de cabeça...)
Frases como:
"é que as coisas mais importantes são muitas vezes invisíveis para os olhos - só com o coração é que podemos vê-las!"
"Quando nos deixamos cativar, é certo e sabido que algum dia alguma coisa nos há-se fazer chorar."
Ou as viagens pelos planetas e a análise dos seus habitantes, caricaturas de que todos temos um pouco.
"As pessoas crescidas são mesmo muito esquisitas"
A simplicidade de ver a vida, a busca da razão e de um sentido, o fabuloso texto do "cativar", a sua partida deste mundo fazem concerteza um livro para ler e reler e todas as vezes aprender mais um pouco.

Blogger Inconformada suspirou...

Sempre achei que é um livro para crianças que todos os adultos deveriam ler! Também gosto imenso do livro e tem tudo a ver com a vida ;)

terça-feira, novembro 07, 2006  

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A luz voltou

Ligo o rádio e está a dar uma das minhas músicas favoritas...
Espero que o próximo ataque para escrever não tenha de esperar pela próx falha de luz..

Euro-milhões

Mais uma semana sem vencedor, mais uma moedinha e mais uma esperança J
É impossível jogar e não pensar o que faria com tanto dinheiro! Passam-me algumas coisas pela cabeçita como viajar sem data de regresso pelo mundo fora acompanhada é claro para não ter saudades de ninguém J
Desafio publiquem a primeira ideia que vos passa pela cabeça!

Blogger Inconformada suspirou...

Confesso: nem jogo, nunca joguei e provavelmente nunca hei-de jogar e sinceramente o mais provável era comprar casa e carro e depois logo via...

terça-feira, novembro 07, 2006  

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Nacionalismo=Racismo?

Comemorou-se hoje o dia nacional da Rússia, mas não foram propriamente os valores da unificação e orgulho da sua história, que fizeram parte dos noticiários um pouco por todo o mundo.
Apesar das manifestações fascistas estarem proibidas não foi difícil pelos vistos reunir uns quantos milhares que se unem pelo ódio aos judeus e tudo o que basicamente não se enquadra nos seus parametros de pessoas dignas do seu respeito.
Alguns milhares de polícias e anti-fascistas e temos o cooktail para o resto da notícia.
Consigo compreender quando as pessoas de um país de sentem ameaçadas quando as suas fronteiras são atravessadas por milhares de pessoas em busca de um sonho de uma vida melhor, à questões relacionadas com o emprego, equilibrio social, segurança etc...questões que a meu ver se resumem a medo.
Mas neste caso (e infelizmente não é único) o ódio nasce da diferença seja ela de natureza física, política, religiosa, sexual, ideologica...
Gostava de me deitar e acreditar que um dia teriamos um mundo fantástico onde todos se respeitassem e aceitassem as diferenças.

Da ficção para a realidade

Penso que a maioria das pessoas sejam fãs ou não de ficção científica concerteza já viram pelo menos um filme da saga da guerra das estrelas e se o fizeram é impossível não adorar o R-2 o pequeno robot e o seu inseparável amigo andróide.
Talvez sejam estes os mais conheçidos para mim, mas à dezenas de anos que fazem parte do nosso imaginário graças ao mundo cinematográfico.
Foi hoje apresentado oficalmente ao mundo o primeiro andróide “real”, tem um aspecto de uma japonesa com os seus 20 e poucos anos e vem já acompanhada de um segundo projecto outra japonesa de 8 anos.
São revestidas por uma nova espécie de silicone e as semelhanças com um ser humano chegam a ser assustadoras, pelo que pude ver na reportagem, mexem ligeiramente a cabeça, piscam os olhos, respiram, mexem os braços e os dedos das mãos como qualquer pessoa enquanto está a falar. Não percebi como funciona o sistema de fala, mas acho um bocado exagerado se não mesmo preocupante quando os seus criadores defendem que é uma optima escolha para fazer companhia aos mais idosos, para serem recepcionistas e com um programa mais avançado apresentadora de televisão!
Esta última frase levanta-me mil questões, mas talvez todas se cruzam no medo de caminharmos para um mundo onde se procura soluções para a solidão e substitutos para relações humanas em seres que por muito sofisticados e “realistas” nunca iram poder compreender nem sentir?

Blogger Inconformada suspirou...

O teu post fez-me lembrar de um filme que deu há uns anos e cuja história era uma coisa do género. Chamava-se "Boneca Mecânica" e falava do que dizes. Se alguém o tem aceitam-se empréstimos :P

terça-feira, novembro 07, 2006  

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Sem luz

Sem Luz.

Passo os dias a dizer-me “ora aqui está um bom assunto para pensar e talvez escrever...” e é algo que me acontece várias vezes por dia, mas raramente páro e penso e muito escrevo...
Faltou a luz às 9 da noite mesmo depois de jantar, 1ª pensamento “que merda logo agora que estava a dar a reportagem interessante...” À medida que os olhos começaram a habituar-se à falta de luz reparamos na imensa lua fantástica, 2ª pensamento “Que triste seria se não tivesse reparado na lua.”
A noite tem um gostinho especial numa aldeia, penso que o segredo está no silêncio apenas violado pelos sons da natureza e o seu luar tão verdadeiro e enorme, que hoje está ainda mais intenso e fantástico que o habitual.
Depois destes momentos de contemplação da natureza segui-se a verdadeira aventura de acabar um bolo e arrumar a loiça à luz das velas o que acabou por ser super divertido.
Sem grande vontade para sair do ninho e sem luz para ler, escrever ou algo vitial como ouvir música J restou-me a bateria do portátil para parar, pensar e tranpor algumas das pequenas coisas do meu mundo. Já nem me lembro do assunto da reportagem mas ainda bem que faltou a luz.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Férias

Desta vez decidi começar pelo título para não me esqueçer como no anterior.

Ando meia ressabiada por férias especialmente hoje, um amigo meu começa o dia a dizer que vai para a Eslováquia, dp recebo um mail a dizer que umas amigas minhas de Lisboa finalmente se decidiram a ir todas para o Brasil duas semanas! Antes de saber o destino disse logo que não, em primeiro lugar não tenho férias e mm que pedisse muito já tenho o trabalho planeado para os próximos tempos... para não falar da questão económica da coisa... este ano já tive a minha dose de tombo na carteira.
A verdade é que nunca acreditei que tivessem coragem de abandonar os namorados e por isso nem pensei muito no caso! Mas agora custa ve-las planear o que será umas férias muito "girls power".
Para não falar da nossa encalhada que andará a dormir no deserto por estas horas...
Vou ficar com o que me resta...sonhando com as próx férias..destinos Barcelona, República Checa, Áustria...

Clube dos Encalhados

Começo a pensar que todos abandonaram este blog já estou farta de me ler!
A verdade é que tb não ando muito inspirada, por isso vou falar do tempo, amei este fds de sol terá sido um S.Martinho antecipado? espero que não, prefiro pensar que foi o verão a querer lembrar-nos que existe :)

terça-feira, outubro 24, 2006

Felicidade

O que é isso afinal? Acho cada vez mais importante agradeçer a felidade das pequenas coisas que no fundo são tão importantes e essenciais que nem nos lembramos, muitas vezes só quando as perdemos.

Blogger Inconformada suspirou...

E damos-lhe mais valor quando as reencontramos.

quinta-feira, outubro 26, 2006  

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terça-feira, outubro 17, 2006

Abraços...

Este texto foi escrito na semana passada, entretanto o zombi deu-me o motivo para o publicar :)
Vejam no Blog http://maotremida.blogspot.com/ o vídeo em Free Hugs.

No fim-de-semana passado revi muitas pessoas importantes para mim, amigos que marcaram uma época especial da minha vida e amigos da vida inteira.
É sempre fantástica aquela sensação de voltar às origens e saber que apesar da distância e de já não fazermos parte do quotidiano uns dos outros, há coisas que nunca mudam.
Nesta sequência de reencontros dei por mim a pensar na importância do abraço, alguém já parou para pensar que na nossa sociedade beijamos completos desconhecidos muitas vezes apenas por uma questão de educação, mas realmente só abraçamos aqueles de quem realmente gostamos? (excepto situações de pura exaltação de alegria, estou a lembrar-me do mundial…sim abracei desconhecidos)
E alguém já pensou nos tipos de abraços que existem? Começa logo quando nascemos, o abraço da mãe que dá de mamar e pela vida fora vamos descobrindo muitos outros por exemplo, o abraço que protege, o abraço que felicita, o abraço que perdoa, o abraço que consola, o abraço “xi-coração, pipa de vinho caixa de pão” ( talvez nem todos conheçam) , o abraço “à quanto tempo” e por fim o abraço “…sei de cor cada lugar teu, atado em mim em cada lugar meu…” aquele abraço que funde duas pessoas numa entrega mútua e profunda.
Todos os abraços sejam eles dos pais, amigos, amantes têm uma coisa comum amor e por isso são mágicos! Adoro abraços

Acho que o vídeo espalha um pouco de amor, seria fantástico um mundo em que todos se abraçassem mais.

Blogger Nuno suspirou...

Continuo a dizer... Quero um abraço.

quarta-feira, outubro 18, 2006  
Blogger Inconformada suspirou...

É verdade, tens toda a razão! E faz tanta falta quando estamos sós... Um abraço para ti, amiga!

quarta-feira, outubro 18, 2006  
Blogger apple_orange_banana suspirou...

SIM vamos nos abraçar mais! Fica prometido um mega abraço da próx vez que estivermos juntas(os)

quinta-feira, outubro 19, 2006  

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